quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Código no pneu indica prazo de validade; entenda.

Como todo produto manufaturado, o pneu também tem vida útil. Não é somente o desgaste da borracha que deve observado, como pensa maior parte dos motoristas. Principalmente em veículos que rodam pouco, é preciso prestar a atenção na data de fabricação da peça.
O prazo de validade máximo de um pneu é cinco anos após sua fabricação. Após esse período, ele começa a se deteriorar devido ao tempo e aos agentes climáticos como pressão, temperatura e umidade. José Carlos Quadrelli, gerente geral de Engenharia de Vendas da Bridgestone do Brasil, explica que os pneus podem aparentar estar em bom estado e com pouco desgaste, mas sua estrutura pode estar comprometida. “É o caso do estepes que nunca foram usados. Embora nunca tenham rodado na estrada, foram submetidos à ação do tempo e da temperatura, que podem alterar suas características originais”, observa.
Na área de identificação do pneu, encontra-se um número de série composto de 11 dígitos em seguida à palavra “DOT”  (que identifica o “Department of Transportation” dos EUA e que instituiu este tipo de marcação). Os quatro últimos dígitos deste número identificam a data de fabricação do pneu (dois dígitos para a semana e dois para o ano). Por exemplo: 1311 significa que foi produzido na 13ª semana de 2011. Se constar 3806 indica que foi feito na 38ª semana de 2006. A partir daí é só somar mais cinco anos que você saberá o prazo de validade.
Desgaste
Cinco anos é, claro, o prazo máximo de duração. A legislação brasileira determina que os pneus devem ser trocados quando o sulco (o friso) tiver no máximo 1,6 milímetros de profundidade. Além disso, o motorista deve fazer a revisão a cada 10 mil quilômetros para verificar se não há torturas ou rachaduras na borracha. Fazer o rodízio entre os dianteiros e traseiros e manter a calibragem recomendada pelo fabricante ajudam na conservação dos pneus.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Ebola Se contraído

O Ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.
A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) tratou centenas de pessoas com a doença e ajudou a conter inúmeras epidemias ameaçadoras.

“Eu estava coletando amostras de sangue de pacientes. Nós não tínhamos equipamentos de proteção suficientes e eu desenvolvi os mesmo sintomas”, diz Kiiza Isaac, um enfermeiro ugandense. “No dia 19 de novembro de 2007, recebi a confirmação do laboratório. Eu havia contraído Ebola”.

Fatos
A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença.
Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. A taxa de fatalidade do vírus varia entre 25 e 90%, dependendo da cepa.

“MSF foi para Bundibugyo e administrou um centro de tratamento. Muitos pacientes receberam cuidados. Graças a Deus, eu sobrevivi. Depois da minha recuperação, me juntei a MSF”, conta Kiiza.
Estima-se que, até janeiro de 2013, mais de 1.800 casos de Ebola tenham sido diagnosticados e quase 1.300 mortes registradas.

Primeiramente, o vírus Ebola foi associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica no Zaire (hoje República Democrática do Congo), em 1976. Dos 318 casos, 280 pessoas morreram rapidamente. No mesmo ano, 284 pessoas no Sudão também foram infectadas com o vírus e 156 morreram.

Há cinco espécies do vírus Ebola: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir dos locais de seus locais de origem. Quatro dessas cinco cepas causaram a doença em humanos. Mesmo que o vírus Reston possa infectar humanos, nenhuma enfermidade ou morte foi relatada.

MSF tratou centenas de pessoas afetadas pelo Ebola em Uganda, no Congo, na República Democrática do Congo, no Sudão, no Gabão e na Guiné. Em 2007, MSF conteve completamente uma epidemia de Ebola em Uganda.

O que causa o Ebola?
O Ebola pode ser contraído tanto de humanos como de animais. O vírus é transmitido por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos corporais.

Agentes de saúde frequentemente são infectados enquanto tratam pacientes com Ebola. Isso pode ocorrer devido ao contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção apropriados.

Em algumas áreas da África, a infecção foi documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.

Enterros onde as pessoas têm contato direto com o falecido também podem transmitir o vírus, enquanto a transmissão por meio de sêmen infectado pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica.
Ainda não há tratamento ou vacina para o Ebola.

Sintomas
No início, os sintomas não são específicos, o que dificulta o diagnóstico.
A doença é frequentemente caracterizada pelo início repentino de febre, fraqueza, dor muscular, dores de cabeça e inflamação na garganta. Isso é seguido por vômitos, diarreia, coceiras, deficiência nas funções hepáticas e renais e, em alguns casos, sangramento interno e externo.

Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes podem ainda apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade para respirar e engolir.

Diagnóstico
Diagnosticar o Ebola é difícil porque os primeiros sintomas, como olhos avermelhados e erupções cutâneas, são comuns.

Infecções por Ebola só podem ser diagnosticadas definitivamente em laboratório, após a realização de cinco diferentes testes.

Esses testes são de grande risco biológico e devem ser conduzidos sob condições de máxima contenção. O número de transmissões de humano para humano ocorreu devido à falta de vestimentas de proteção.

“Agentes de saúde estão, particularmente, suscetíveis a contraírem o vírus, então, durante o tratamento dos pacientes, uma das nossas principais prioridades é treinar a equipe de saúde para reduzir o risco de contaminação pela doença enquanto estão cuidando de pessoas infectadas”, afirma Henry Gray, coordenador de emergência de MSF durante um surto de Ebola em Uganda em 2012.

“Nós temos que adotar procedimentos de segurança extremamente rigorosos para garantir que nenhum agente de saúde seja exposto ao vírus, seja por meio de material contaminado por pacientes ou lixo médico infectado com Ebola”.

Tratamento
Ainda não há tratamento ou vacina específicos para o Ebola.

O tratamento padrão para a doença limita-se à terapia de apoio, que consiste em hidratar o paciente, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e tratar quaisquer infecções. Apesar das dificuldades para diagnosticar o Ebola nos estágios iniciais da doença, aqueles que apresentam os sintomas devem ser isolados e os profissionais de saúde pública notificados. A terapia de apoio pode continuar, desde que sejam utilizadas as vestimentas de proteção apropriadas até que amostras do paciente sejam testadas para confirmar a infecção.
MSF conteve um surto de Ebola em Uganda em 2012, instalando uma área de controle entorno do centro de tratamento.

O fim de um surto de Ebola apenas é declarado oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado.

Febre Chikungunya

dengue4-marcelogrbhA febre chikungunya é uma doença viral parecida com a dengue, transmitida por um mosquito comum em algumas regiões da África. Nos últimos anos, inúmeros casos da doença foram registrados em países da Ásia e da Europa. Recentemente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá.
O certo é que o chikungunya está migrando e chegou às Américas. No Brasil, a preocupação é que o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, têm todas as condições de espalhar esse novo vírus pelo País. Seu ciclo de transmissão é mais rápido do que o da dengue. Em no máximo sete dias a contar do momento em que foi infectado, o mosquito começa a transmitir o CHIKV para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.
Sintomas
Embora os vírus da febre chikungunya e os da dengue tenham características distintas, os sintomas das duas doenças são semelhantes.
Na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Esse é o sintoma mais característico da enfermidade: dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.
Ao contrário do que acontece com a dengue (que provoca dor no corpo todo), não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.
Diagnóstico
O diagnóstico depende de uma avaliação clínica cuidadosa e do resultado de alguns exames laboratoriais. As amostras de sangue para análise devem ser enviadas para os laboratórios de referência nacional.
Casos suspeitos de infecção pelo CHIKV devem ser notificados em até 24 horas para os órgãos oficiais dos serviços de saúde.
Tratamento
Na fase aguda, o tratamento contra a febre chikungunya é sintomático. Analgésicos e antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas. Manter o doente bem hidratado é medida essencial para a recuperação.
Quando a febre desaparece, mas a dor nas articulações persiste, podem ser introduzidos medicamentos anti-inflamatórios e  fisioterapia.
Prevenção
Não existe vacina contra febre chikungunya. Na verdade, a prevenção consiste em adotar medidas simples no próprio domicílio e arredores que ajudem a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença
Observação importante:
No Brasil, até o momento, só foram registrados três casos importados da febre chikungunya. Os pacientes foram infectados no exterior, num dos 40 países por onde o vírus circula faz tempo. Os episódios foram controlados, sem que houvesse nenhum sinal de transmissão do CHIKV em território nacional.
No entanto, o risco de transmissão local existe. A proximidade da Copa do Mundo e de outros eventos no País favorece a vinda de turistas provenientes de áreas infectadas pelo CHIKV. Mesmo assim, não há motivo para alarme.  Segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde,  nossos serviços de saúde e de vigilância sanitária estão atentos. Os casos confirmados no Brasil foram notificados para a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na mesma linha de conduta, médicos, laboratórios e as secretarias municipais e estaduais de saúde estão recebendo orientação sob a melhor forma de agir diante da nova doença.

O PODER DAS PALAVRAS

                               
Um dos maiores, e mais impressionantes, poder que a maioria de nós temos é a palavra.  É a fala.

A palavra pode levantar ou derrubar, agradar ou desagradar, emocionar ou irritar, trazer para perto ou afastar. Pode ser mel ou fel, tanto para quem ouve como para quem fala.
 
Num momento ela exprime toda uma paixão, todo um amor, ternura, admiração, respeito, e num outro toda a raiva, rancor, ressentimento, inveja.
 
A palavra pode estar respaldada na verdade ou esconder a mesma verdade. Mas isso não é difícil de perceber por aquele que tem uma consciência maior de si mesmo e, portanto, do outro. Simplesmente porque a palavra não vem sozinha nunca.  
 
A palavra não é independente. Ela está sempre atrelada ao tom da voz, a emoção colocada, a respiração, ao ritmo em que é dita, ao olhar, aos gestos... E quando ela é falada em sintonia com tudo isso, vem carregada de um poder muito grande, tanto para o bem quanto para o mal. É uma forma de energia fortíssima!
 
No entanto, algumas pessoas ainda se escondem atrás das palavras e, muitas vezes, enganam a si mesmas e aos outros. São pessoas que se conhecem mal, se tornando presas fáceis delas próprias e do outro.
 
O autoconhecimento tem a ver com olhar para dentro, com o silêncio, com a coragem de lidar com as emoções. É uma conquista!
E por que se faz tanto uso da palavra para apontar as falhas e tão pouco para enaltecer as qualidades?
 
Quantas vezes você acha que a pessoa está bonita, mas fica só no seu pensamento? Quantas vezes alguém se mostra inteligente ou tem uma atitude digna de um elogio, você sabe disso e, mais uma vez, fica apenas no seu pensamento?      
 
Eu tenho por hábito elogiar sempre quem acredito que deva ser elogiado, ou seja, não gasto minhas palavras em algo apenas para agradar. Se encontro alguém, homem ou mulher e, a meu ver, está bonito ou teve uma atitude bacana, procuro sempre elogiar. Não guardo para mim, divido.
 
Tem coisa melhor do que receber um elogio verdadeiro? É um afago no coração, tanto de quem recebe quanto de quem elogia, porque o retorno é imediato através do sorriso, do olhar, da alegria.
 
Agora, vamos combinar, se achou bonito ou bonita, diz: Você está bonita, está lindo!!! Nada de dizer: Como você está bem... Não economize palavras nessas horas. Elogie sem medo de fazer o outro e a si mesmo feliz!!!
 
Mas, se você não tem nada de bom para falar, então fique quieto, silencie. O silêncio muitas vezes é o som mais agradável que se pode ouvir.

E usar o poder da palavra para falar mal de outra pessoa quando a mesma não está presente, esquece. Não faça isso. É feio, é grosseiro, é o retrato de quem não tem vida própria e é covardia.
 
Enfim, use a palavra da melhor forma possível para fazer a sua vida e a de quem passa pelo seu caminho, mais alegre, divertida e feliz.

(*) Sandra Rosenfeld (contato@sandrarosenfeld.com.br) é escritora, coach pessoal, palestrante e instrutora de meditação. Autora do livro “O que é Meditação”, Ed. Nova Era.

Leia mais: http://www.academiamaconicasp.com.br/news/o-poder-das-palavras/

terça-feira, 8 de abril de 2014

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Pesquisa traça história do vírus da denguetipo2

Resultados indicam grande variabilidade genética e circulação de diferentes linhagens, o que eleva o risco de epidemias e dificulta a criação de vacinas


Antonio Scorza/AFP
Soldado brasileiro exibe uma amostra de água contendo larvas do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue
Soldado brasileiro exibe uma amostra de água contendo larvas do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue
São Paulo - Uma pesquisa publicada na revista PLoS One mapeou, no Brasil, a história evolutiva do sorotipo 2 do vírus da dengue (DENV-2) – uma das quatro espécies transmitidas ao homem pelo mosquito Aedes aegypti .

Os resultados revelam a circulação simultânea de diferentes linhagens de DENV-2 no país, o que pode estar associado a um maior número de surtos epidêmicos e de manifestações graves da doença quando comparado aos outros três sorotipos da dengue. A existência de uma maior variabilidade genética entre o DENV-2 também tem sido apontada como causa do insucesso em testes com vacinas.
Para mapear a diversidade filogenética e filogeográfica do vírus, ou seja, o caminho evolutivo trilhado em diferentes regiões do país, pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, realizaram o sequenciamento completo de 12 amostras de DENV-2 de pacientes atendidos em São José do Rio Preto durante a epidemia de 2008. Os dados foram comparados com amostras de bancos de dados genéticos de dengue do Brasil e do mundo.
O trabalho foi coordenado por Mauricio Lacerda Nogueira, do Laboratório de Pesquisas em Virologia da Famerp, e contou com financiamento da Fapesp e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e apoio da Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Dengue.
“Dentro de cada uma das quatro espécies de vírus causadoras da dengue existem diferentes genótipos. Dentro de cada genótipo ainda há variações genéticas que chamamos de clados ou linhagens. Nossos dados mostram que três diferentes linhagens de DENV-2 entraram no Brasil nos últimos 30 anos e todas elas pertencem ao genótipo Americano/Asiático”, disse Nogueira.